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Série 1974-1 – Kombi do Poli

Esta é a primeira fotografia desta série que estamos produzindo da Kombi do Poli, contando um pouco da relação do proprietário dela, Ronaldo Poli com a Kombi, em uma viagem através do universo e do tempo por locais com cenários incríveis e quase surreais. Sua relação com a Kombi, misto de paixão e nostalgia, começou em sua infância, quando seus avós cruzaram o continente americano de Sul a Norte a bordo de uma Kombi em 1970 e o inspirou a comprar esta Kombi e quem sabe até a repetir a mesma viagem muitos anos depois.

Nikon D800 | 125mm | f/2.8 | 15 secs | ISO 1600

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“Close Encounters” | Morro do Cuscuzeiro – Analândia

Parte de uma série de fotos que fiz baseadas em antigos cartazes do filme Contatos Imediatos de Terceiro Grau. Este filme fez parte da minha infância e desde a primeira vez que eu vi fotografias deste local, eu já queria fazer esta série de fotografias, esperei por um ano até que a oportunidade surgisse e as estrelas estivessem na posição ideal para fotografar, e mesmo com todo esse tempo planejando, eu me surpreendi como o lugar se encaixou perfeitamente no meu planejamento e nos cartazes do filme.
Nikon D810 | 22mm | f/2.8 | 15 secs | ISO 6400

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Chuva de meteoros Perseidas

 
A Perseídas é considerada uma das chuvas de meteoros mais bonitas do ano com 80 a 100 meteoros por hora, e meteoros de cores vivas que começam a queimar com a cor verde e terminam em um tom avermelhado. 
 
Ela é uma chuva anual de meteoros associado ao cometa Swift Tuttle, e acontece todos os anos entre os dias 13 de Julho e 26 de Agosto. Quando durante a nossa viagem anual em torno do Sol, a Terra passa pelos restos de detritos deixados pela passagem do cometa.
  
Além disso a Perseidas é famosa por produzir os EarthGrazers, meteoros mais brilhantes e com formato de bolas de fogos que costumam cruzar o céu de ponta a ponta.
 

Qual o melhor lugar?

 
Infelizmente o melhor lugar para ver a Perseídas é no hemisfério Norte ou próximo a linha do Equador, mas mesmo assim podemos acompanhar ela por aqui no Brasil, para aqueles que moram no Norte a chuva estará bem visível e para quem mora nas outras regiões basta ir em um local bem afastado dos grandes centros urbanos e escuro, com visibilidade boa para a linha do horizonte sentido Norte/Nordeste. 
 
 

Qual o melhor horário?

O melhor horário para se ver a chuva é por volta das 3 da manhã aqui pelo Brasil, quando a constelação de Perseu começa a aparecer no horizonte ao Norte. Para quem estiver no hemisfério Norte durante a chuva de meteoros, é só procurar pela constelação de Perseu, que é a radiante da chuva Perseídas. 

A radiante é uma constelação onde aparentemente os meteoros costumam surgir, e se você for fotografar a chuva de meteoros, é só apontar a sua câmera para este local. Se você estiver no hemisfério Sul, seria interessante fotografar o céu no zênite, bem acima da sua cabeça ou ao Sul, procurando pelos EarthGrazers.

Para quem não mora ao norte do Brasil, não é bom se animar muito, são poucos os meteoros das Perseídas que são visíveis por aqui, mas mesmo assim vale a pena tentar sair para fotografar ou ver os EarthGrazers. 

Já vou adiantando que eles são poucos, nos últimos anos tenho visto um ou dois meteoros deste tipo durante uma noite toda fotografando, mas como eles cortam o céu de ponta a ponta, é um espetáculo sensacional e vale a pena sim tentar ver esta chuva.

 
 

Como fotografar?

 
Fotografar meteoros não é uma tarefa fácil, e requer muita paciência, então prepare a sua câmera e um tripé e vá para um local bem afastado das grandes cidades e longe de qualquer fonte de poluição luminosa, configure a sua câmera para uma exposição de 30 segundos, com a lente bem aberta e o maior ISO que você tiver coragem de usar. 
 

Para onde apontar a câmera?

 
Conhecendo radiante, você pode apontar a sua câmera para ela, neste caso Perseu, e começar a fotografar, uma foto em seguida da outra, um intervalômetro pode te ajudar muito aqui,  se você conseguir uma composição interessante com a sua câmera apontada para Perseu melhor ainda. 
 
Continue insistindo sem mudar a câmera de posição, mesmo que caiam diversos meteoros atrás de você, e isto provavelmente vai acontecer, centenas de meteoros irão cair atrás de você, do lado e até em cima, mas insista até que um passe pela frente da sua lente! Se você ficar mudando a câmera de posição a cada vez que um meteoro cair, você nunca vai conseguir fotografar um. 
 
Agora no caso da Perseídas, como os meteoros caem no hemisfério Norte, você provavelmente não vai conseguir fotografar elas mesmo com a constelação de Perseus surgindo no horizonte, pois o brilho do meteoro não é suficiente para iluminar o horizonte. 
 
Aqui recomendo que você busque pelos EarthGrazers como a primeira foto deste post, e aponte a sua câmera para o zênite, logo acima da sua cabeça, e o Sul!!! 
 

Parece contraditório não?

 
Se a radiante da Perseídas é no norte, porque você vai apontar para o Sul e conseguir fotografar mais meteoros? 
 
Como os EarthGrazers costumam cortar o céu de ponta a ponta, eles vão surgir no Norte, mas irão começar a queimar sobre a sua cabeça e correr em direção ao Sul!
 
Se você quiser aprender um pouco mais sobre fotografia noturna, você pode se inscrever em um dos meus workshops clicando aqui.
 
 

Resumo

 
Ativo do dia 13 de Julho até o dia 26 de Agosto
 
Pico: 12 e 13 de Agosto
 
Melhor horário: 03:12
 
Localização: Radiante na constelação de Perseus
 
Meteoros por hora: 100
 
Lua: Fique de olho na Lua, um aplicativo como o Moon disponível para Android ou IOS, ajudam a ver a fase da Lua e em que horário ela irá nascer ou se pôr. Quanto mais fraca o brilho da Lua melhor!
 

Vai viajar?

 

Se você ainda não conhece o airbnb, vou deixar um link aqui embaixo onde você pode ganhar até R$ 350,00 em créditos na sua primeira viagem por lá, o airbnb é um site especializado em aluguéis online, onde você pode viajar e se hospedar em casas e apartamentos com muita segurança, tanto buscando economia quanto experiências incríveis em lugares sensacionais. 

Nos últimos anos eu tenho viajado quase que exclusivamente através deles, e tenho encontrado lugares sensacionais para ficar a um preço muito interessante, é só clicar no logo deles que você já tem acesso aos descontos e você também me ajuda com R$ 30,00 em créditos viagem

Workshop de fotografia noturna em Gonçalves – MG

Com um atraso de alguns meses, vou falar um pouquinho aqui sobre o nosso Workshop de Fotografia Noturna em Gonçalves – MG

Em uma das cidades com um dos céus mais bonitos aqui da região, tivemos um workshop extendido onde ficamos imersos durante 3 noites e 3 dias conversando sobre fotografia em uma casa lindíssima na pousada Morada do Luar, um grande parceiro que apoia o meu workshop pelo segundo ano consecutivo, junto com o pessoal do Cabana Empório e Restaurante de Gonçalves.

 

 

Foram 3 dias conversando sobre fotografia durante o dia e fotografando durante a noite, eu sempre sinto que me falta tempo para a parte teórica nos workshops, e mesmo com um dia a mais onde eu introduzi uma novidade discutindo sobre poética, processo criativo e falando um pouco sobre como cheguei nas minhas fotografias mais conhecidas, ainda nos faltou tempo e no último dia do workshop ficamos conversando até as 18 horas e não faltava assunto!

 

 

No primeiro dia, passamos o dia todo envoltos em uma neblina pesada enquanto eu dava a aula teórica, e logo que anoiteceu o tempo abriu e quase que não conseguimos sair para jantar tamanha a empolgação do pessoal.

 

 

Com um pouco mais de tempo livre, no segundo dia fizemos uma visita a cidade de São Bento do Sapucaí, onde fotografamos na Pedra do Bauzinho.

 

 

 

 

E no último dia sentamos para editar as fotos produzidas durante o workshop e fiz uma pequena análise de portfólio do pessoal.

 

 

Pousada Morada do Luar e as estrelas

 

Vamos falar mais um pouco sobre a pousada, eu tenho feito um trabalho de conscientização das pousadas que é parte de um projeto meu chamado #ceuvermelho para conscientizar as pessoas sobre os problemas causados pela poluição luminosa e como a cada ano que passa nossas futuras gerações verão menos e menos estrelas, além de todos os danos causados pelo desequilíbrio biológico na fauna e flora. Somos umas das últimas gerações que tem acesso a este céu estrelado e um dos motivos para a escolha da pousada para sediar o workshop foi que por opção própria eles escolheram não colocar postes e refletores para iluminar a área externa da pousada, assim os hóspedes poderiam ver o céu durante a noite e assim deixando de contribuir com a poluição luminosa!

Mais informações sobre o projeto em www.ricardotakamura.com.br/ceu-vermelho

 

 

Concurso fotográfico

Em parceria com a pousada Morada do Luar, montamos um pequeno concurso de fotografia entre os participantes do workshop cujo tema era a pousada, onde o ganhador levaria uma hospedagem gratuita na pousada entre os meses de Setembro a Novembro de 2017. Recebemos 16 fotografias dos participantes e um júri formado por 3 fotógrafos de renome de São José dos Campos selecionaram a melhor fotografia através de uma votação.

 

 

E a foto que levou o prêmio, uma hospedagem para duas pessoas entre os meses de Setembro a Novembro de 2017 na pousada Morada do Luar foi esta da Renata de Moraes!

 

 

Jurados

 

André Yamamoto

André Yamamoto é fotógrafo e artista visual, integrante do Coletivo Semo, grupo que desenvolve trabalhos focados na pesquisa do processo de criação coletiva e suas ramificações.

Ibán Mullero

Ibán Mulero nasceu em 27 de julho de 1981 em Barcelona, no estado da Catalunha, na Espanha. Vive em São José dos Campos. Formado em Gráfica Publicitária Multimídia e Design Gráfico, pela Escuela de Artes Plásticas y diseño Josep Serra i Abella de Barcelona iniciou sua carreira como designer profissional em 2001 em Barcelona, trabalhando com canais de TV, agências de publicidade, laboratórios farmacêuticos e projetos educacionais até 2015, quando decidiu se focar exclusivamente no mundo da fotografia, onde também dá aulas de edição para fotógrafos, na agência www.imagembcn.com.

Adilson Martins

Adilson Martins nasceu em São José dos Campos (SP), em 1978. Sua paixão pelo ciclismo e esportes de aventura é intermediado pela fotografia. Através da experiência esportiva se conecta a novas perspectivas de expressão. É formado em publicidade pela Universidade Mackenzie (2003), artista, atua profissionalmente como fotógrafo – especializado em Fotografia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Atualmente é editor de fotografia do portal www.xrides.com.br. Atualmente vive e trabalha em São José dos Campos, Brasil.

 

Muito obrigado a todos que fizeram parte desta imersão, foram 3 dias de companheirismo, risadas e muita troca de conhecimentos!

E muito obrigado mais uma vez ao pessoal da pousada Morada do Luar e do Cabana Empório e Restaurante

Japão – Yokohama – Workshop de Fotografia Noturna

 A Luz Oculta

Com 4 anos rodando pelo Brasil, neste ano teremos uma edição especial do workshop A Luz Oculta no Japão, com duração de um dia onde teremos 6 horas de aula teórica seguidas de uma saída fotográfica nos arredores da cidade de Yokohama. Este curso terá como público alvo os fotógrafos profissionais e amadores brasileiros que moram no Japão e que desejam iniciar a prática da fotografia noturna se capacitando com noções teóricas e práticas como as configurações da câmera na fotografia noturna, posicionamento das estrelas e da Lua, rastros de estrelas, e poética, composição e processo criativo na fotografia noturna.

Dia 15 de Abril – Japão – Yokohama

2-56 Kawaramachi, Hadano-shi, Kanagawa-ken 257-0032

Ricardo Takamura

Fotógrafo autoral baseado em São José dos Campos – SP, manifesta em suas fotografias de paisagens noturnas realidades quase que surreais, que estão ocultas aos nossos olhos.

Desde cedo se relacionou com a arte, ainda jovem começou a pintar e a esculpir em madeira, apaixonado por luz, dedicou se por um bom tempo a criação de esculturas com luz e luminárias. Quando começou a se dedicar a fotografia, trouxe toda a inspiração e conhecimento que adquiriu na arte.

O seu trabalho se relaciona de perto com a fotografia cinematográfica, buscando congelar momentos como se elas fossem um único frame de um filme parado no tempo, transmitindo sensibilidade e emoção. Atualmente vem se dedicando a difícil tarefa de aproximar a fotografia contemporânea com o seu trabalho de fotografia noturna e natureza, criando séries utilizando pinturas com luz em grande escala, queimas de metais e fogo.


 

Tema

  • Configurações da sua câmera para a fotografia noturna.
  • Como usar as estrelas e a Lua para compor as suas fotos.
  • Composição e processo criativo na fotografia noturna.
  • Uso das diferentes condições de luz na fotografia noturna.
  • Rastros de estrelas (startrail).
  • Time-lapse.
  • Fotografia de tempestades.

Requisitos básicos:

  • Câmera DSLR, Mirrorless ou compactas com configurações manuais
  • Tripé
  • Lanterna
  • Saber usar as configurações manuais de ISO, abertura e tempo de exposição da câmera.

Incluso

  • 6 horas de curso teórico com início as 9.00 am.
  • No fim da tarde, um pouco antes do por do sol iniciaremos os exercícios práticos, com pausa para jantar as 19.00, e logo em seguida retornaremos a prática do workshop.

Não está incluso

  • Deslocamento até o local do curso teórico e da aula prática do workshop.
  • Refeições.

Valor e forma de pagamento – Sob consulta

Para mais informações entre em contato via e-mail contato@ricardotakamura.com

Fotografia Noturna – Fotografando objetos do céu profundo com a ajuda do Deep Sky Stacker

Hoje vou ensinar vocês a fotografarem os objetos do céu profundo através do método de empilhamento de imagens no Deep Sky Stacker, que é um software que melhora a razão sinal ruído da sua fotografia através do processo de empilhamento.

O processo não é complexo, mas eu apanho até hoje para usar este software, e ao mesmo tempo, e este tipo de fotografia não é tão simples de se fazer.

Primeiro passo: Você precisa encontrar um local completamente livre de poluição luminosa, em uma noite completamente limpa e sem luar.

Segundo passo: Descobrir o objeto que você quer fotografar, vou colocar aqui como exemplo uma foto da Nebulosa de Órion.

Terceiro passo: Fazer 100 fotografias Light Frames (de preferência em RAW)

Antes de executar o terceiro passo precisamos entender como o Deep Sky Stacker funciona, vamos começar falando dos “lights”, que são as imagens do objeto que você quer fotografar. Como o brilho destes objetos são muito fracos, você precisa subir muito o ISO para fotografar eles, eu uso sempre ISO 12800, com a lente bem aberta, e uma teleobjetiva, no meu caso eu uso a 200mm, com 3 segundos de exposição.

Mas porque usar uma exposição tão curta?  Bom como eu disse em meu último post sobre as configurações da sua câmera para fotografar as estrelas, nós estamos girando em uma pequena pedra solta no espaço, e consequentemente as estrelas vão deixar rastros na sua fotografia, com uma tele de 200mm por exemplo, o maior tempo que eu consigo deixar sem que as estrelas deixem um rastro é de 3 segundos.

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Os lights então são basicamente fotografias carregadíssimas de ruído, onde você mal identifica o objeto que está fotografando, e aí é que está a grande “mágica” do Deep Sky Stacker, ele empilha as fotografias uma sobre a outra, aproveitando os trechos que não são ruído, e desta fotografia carregada de ruído, surge uma muito mais limpa, mas ainda com bastante ruído e outras distorções da lente.

Eu costumo fazer em média 100 Lights, ou seja eu fotografo com a ajuda de um intervalômetro o mesmo objeto, 100 vezes seguidas.

Mas ele não se move? Bom na verdade nós que estamos nos movendo, esta é a outra grande “mágica” do Deep Sky Stacker, ele marca as estrelas como pontos e automaticamente identifica o movimento, e alinha as estrelas automaticamente, a única preocupação que você precisa ter enquanto fotografa, é que  o objeto não saia do enquadramento, e para isto você pode ir alinhando o enquadramento enquanto fotografa, eu costumo usar lentes que deixam sobrar muito espaço em volta do objeto que estou fotografando para não precisar fazer isto muitas vezes.

Quarto passo:  Fazer 10 a 20 Dark Frames

Agora vamos entender o que são os Dark Frames, o sensor da sua câmera costuma gerar ruído de calor, conforme a temperatura do seu sensor e do ambiente,variando de acordo com o ISO utilizado e tempo de exposição. Para fotografar os Dark Frames, você precisa colocar a tampa da sua lente de volta, e fazer pelo menos 10 fotos com a lente tampada logo após terminar os 100 Light Frames, exatamente nas mesmas configurações de ISO e exposição, assim você vai ter 10 fotos quase que completamente pretas, feitas nas mesmas condições que os Light Frames. No Deep Sky Stacker você vai empilhar estas fotos juntamente com os Light Frames, e assim eliminar um pouco mais do ruído da sua fotografia.

Quinto passo: Fazer 10 a 20 Offset/BIAS Frames

Agora, logo após acabar os Dark Frames vamos fazer os BIAS Frames, o sensor da sua câmera costuma gerar um ruído criado pelo aquecimento dos componentes eletrônicos da sua câmera durante a leitura do seu sensor. Criar os BIAS Frames é bem fácil, você só precisa fazer no mínimo 10 fotos com o menor tempo de exposição possível (1/4000s… 1/8000s) nas mesmas condições de temperatura que os Light Frames e Dark Frames.

Sexto passo: Fazer 10 a 20 FLAT Frames

Bom agora vamos fazer os FLAT frames, que consiste basicamente em remover os defeitos causados pelo sistema de ótica da sua câmera, vinhetas, partículas de poeiras e outros tipos de sujeira. Para fazer um FLAT frame, você só precisa fotografar uma imagem branca, iluminada de forma uniforme, portanto você pode fazer elas com calma em sua casa, com a tua câmera apontada para uma parede branca com uma iluminação bacana e uniforme. Aqui você pode usar qualquer configuração de Tempo de Exposição e Abertura, só recomendo não usar um ISO muito alto para não gerar mais ruído.

Bom depois de fazer 100 fotos do objeto que você quer fotografar, mais 20 Dark Frames, 20 BIAS frames e 20 FLAT frames, provavelmente a sua noite que teoricamente seria super produtiva acabou se resumindo na fotografia de um único objeto do céu profundo, vamos finalmente ao Deep Sky Stacker.

Sétimo passo: Usando o Deep Sky Stacker

Se você ainda não tem o Deep Sky Stacker instalado em seu computador, você pode baixar deste link:

http://deepskystacker.free.fr/english/download.htm

Eu não vou entrar em grandes detalhes sobre as configurações mais avançadas do programa, vou ensinar um passo a passo básico, editando as fotografias usando as configurações padrão que já vem no programa para não complicar mais ainda esta postagem.

Esta é a tela do programa:

 

Para começar, você só precisa carregar os arquivos Light Frames, Dark Frames, Bias Frames e Flat Frames.

Neste ponto o programa é um pouco confuso, clique em Abra as suas fotos para carregar os Light Frames, selecione todas as fotos (100 fotos) e clique em Abrir.

 

 

E em seguida clique nas outras opções para adicionar os Dark Frames, Bias Frames e Flat Frames. Eu ainda não consegui um tutorial de como se faz os Dark Flat Frames, portanto eu costumo pular esta opção.

– Ficheiros dark – selecionar todas as fotos e abrir
– Ficheiros flat  – selecionar todas as fotos e abrir
– Ficheiros offset/bias – selecionar todas as fotos e abrir

 

 

Em seguida você precisa clicar em Verificar tudo e logo depois em Registrar fotos que foram verificadas

 

 

Ao clicar em Registrar fotos que foram verificadas, você vai abrir o painel abaixo:

 

 

As opções já vem pré-configuradas e eu geralmente costumo clicar em Ok direto e vai abrir uma segunda tela com as informações da Etapa de Integração.

 

 

Agora vamos para o pós processamento, o resultado da integração deve ficar mais ou menos assim:

 

 

Aqui vamos ajustar os níveis de Saturação, Luminância, e RGB, geralmente eu começo trabalhando com o RGB até eliminar o excesso de vermelho ou laranja nas fotos (provocado pela poluição luminosa), sem que o processo estrague a cor original do objeto que eu fotografei, nesta hora é bom tomar bastante cuidado porque a maioria dos objetos de céu profundo costumam ter uma coloração bonita no tom vermelho, e você pode perder ela se configurar errado. Para tentar ser fiel aos tons originais deles eu tomo como referência algumas imagens que baixo no google.

No item Luminância eu consigo acertar o tom do céu, e costumo deixar ele bem preto, e para cada alteração que você fizer, será necessário clicar no botão Aplicar, infelizmente é um processo bem lento, e sobrecarrega demais o processamento do seu computador, mas o resultado vale a pena.

 

 

Na última etapa vamos salvar as fotos, clicando em Guardar foto no ficheiro, eu costumo abrir a foto no Lightroom e editar ela por lá, buscando um céu mais preto e recuperar mais ainda alguns detalhes da fotografia.

Bom este é o processo resumido de edição utilizando o Deep Sky Stacker com as suas configurações básicas, para mim só elas já resolvem quase sempre! Caso você queira aprender um pouco mais é só ir no link da própria criadora do programa:

http://deepskystacker.free.fr/portuguese/userguide.htm

 

*Agradecimentos ao amigo Manoel Moraes que me ensinou esta técnica.

 

 

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Premiação Cultural do IEV 2016

Tive a honra de ser selecionado pelo Instituto de Estudos Valeparaibanos na Premiação Cultural do IEV 2016 na categoria Fotografia e Memória (Paisagem). No total serão premiados 16 cidadãos e organizações reconhecidos pelo trabalho e mudanças positivas que tem provocado com a intenção de proteger a Memória, Patrimônio Ambiental, Cultural e Histórico do Vale do Paraíba, e receberão troféus e medalhas que levam os nomes de personagens fundamentais na história de nossa Região, além de permanecerem na memória e trajetória do IEV.

As Premiações Culturais do IEV 2016 ocorrerão em um evento realizado no dia 3 de dezembro de 2016, às 16h, no Salão do Júri do UNISAL Lorena (Rua Dom Bosco, 284, Centro/Lorena) e será aberta ao público, apareçam por lá!

SOBRE O IEV

O IEV é uma instituição sem fins lucrativos, que tem como intuito propagar e manter viva a nossa história. Temos como membros cidadãos da sociedade civil em todas as cidades da Região Metropolitana do Vale e Litoral Norte.  Trata-se de uma organização reconhecida como entidade de Utilidade Pública Estadual pela lei n. 1599, de 10 de setembro de 1981. O IEV foi fundado em 1973, e nesses 43 anos de existência realiza estudos, atividades culturais, históricas e ambientais na Região.

Deixo aqui meus agradecimentos ao IEV e a todos que trabalham na instituição, e a Andréia Marcondes que me indicou o edital!

 

 

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Julho e seus Meteoros

Julho é um dos melhores meses do ano para se observar o céu, geralmente ele está bem limpo e com pouca umidade. Mas não é só isto, se você estiver disposto a enfrentar o frio, nós temos 3 chuvas de meteoros neste mês:

A Delta Aquarídeas e a Alfa Capricornídeos, que não são chuvas significativas (16 e 5 meteoros por hora) mas as radiantes delas estão ali quase juntas no céu, a constelação de Aquários e a constelação de Capricórnio, e os seus dias de maior atividade também estão bem próximos.

E temos as Perseidas, que apesar do seu período de maior atividade ser em Agosto, ela já está ativa desde o dia 13 de Julho e mesmo ela estando localizada bem baixa no horizonte (aqui no Brasil o melhor lugar para observar ela é no norte e nordeste) ela é uma das chuvas mais intensas do ano, com uma média de 100 meteoros por hora.

A Perseidas é famosa por produzir os EarthGrazers, meteoros que sobem partindo do horizonte em direção ao ponto mais alto do céu de forma mais lenta e bonita. Opa  e mais um detalhe, se você olhar na tabela abaixo com os melhores horários para acompanhar a chuva de meteoro nos dias de maior atividade, apesar de não ser lua nova, a lua ou não vai ter nascido ainda, ou vai estar se pondo como no caso da Perseidas, então abasteçam o seu armário com agasalhos e se preparem para passar frio neste mês e no próximo!

Delta Aquarídeas

Ativo do dia 21 de Julho até o dia 23 de Agosto

Pico: 28 e 29 de Julho

Melhor horário: 22:36

Localização: Radiante na constelação de Aquários

Meteoros por hora: 16

Lua: Minguante 26% iluminada

Nascer da Lua: 01:24

Pôr da Lua: 12:59

 

Alfa Capricornídeos

Ativo do dia 11 de Julho até o dia 10 de Agosto

Pico: 29 e 30 de Julho

Melhor horário: 22:42

Localização: Radiante na constelação de Capricórnio

Meteoros por hora: 5

Lua: Minguante 17% iluminada

Nascer da Lua: 02:26

Pôr da Lua: 13:51

 

Perseidas

Ativo do dia 13 de Julho até o dia 26 de Agosto

Pico: 13 e 14 de Agosto

Melhor horário: 03:12

Localização: Radiante na constelação de Perseus

Meteoros por hora: 100

Lua: Crescente 80% iluminada

Nascer da Lua: 13:35

Pôr da Lua: 03:07

 

 Além destas 3 chuvas temos mais algumas chuvas menores em Julho

Pi Piscideas  11 de Junho até 25 de Julho – 01:00
Julho Pegasideas 30 de Junho até 30 de Agosto – 23:12
c-Andromedideas 26 de Junho até 26 de Julho – 02:10
Psi Cassiopeideas 12 de Julho até 18 de Julho – 02:52
Tau Cetideas 20 de Julho até 23 de Julho – 01:52
Julho Gamma Draconideas 25 de Julho até 29 de Julho -18:42
Eta Eridanideas 31 de Julho até 17 de Agosto –  02:53
Beta Perseideas 24 de Julho até 20 de Agosto – 02:57

Fonte: American Meteor Society

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Exposição fotográfica “Volume Morto” no Center Vale Shopping

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São José dos Campos (SP) – O foto clube Câmera e Luz, um grupo de fotógrafos de São José dos Campos e região, apresenta a exposição “Volume Morto” de 01 a 26 de maio no espaço cultural do Center Vale Shopping.

São 12 obras de 10 fotógrafos que revelam e nos fazem pensar sobre um novo aspecto da atual crise hídrica no Estado de São Paulo: a situação crítica de nossas represas que abastecem mais de 10 milhões de pessoas direta e indiretamente.

A exposição também está adaptada para deficientes visuais com textos transcritos em braille e em fonte ampliada para as pessoas com baixa visão. Esta é uma atenção especial do foto clube Câmera & Luz em promover a acessibilidade de todos ao conhecimento através do acesso igualitário na sociedade à cultura.

O foto clube Câmera e Luz é uma entidade sem fins lucrativos formado por um grupo de amantes da fotografia fundada em junho de 2005 que reúne fotógrafos amadores e profissionais da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Desenvolve a fotografia como arte e proporciona ambientes para estudos, visibilidade, divulgação e suporte legal aos artistas.


Duas de minhas minhas obras, “Asfixia” e “Noite trincada”, estão compondo parte desta exposição.


“Asfixia” foi feita no auge da seca de 2014, no caminho que sai da cidade de Paraibuna para Natividade da Serra atravessando as represa via balsa, já chegando na rampa de acesso a balsa dava para se ter uma noção maior da seca que atinge todo o estado de São Paulo, ela estava ali isolada em um mar de terra seca, semi destruída pela erosão da terra, acessamos uma pequena e rústica estrada de terra que dava a volta pela rampa e continuamos por cerca de 500 metros até encontrarmos uma pequena fila de carros a beira da represa, ao lado deles um toco de madeira onde os funcionários da CESP amarram a balsa para que os carros pudessem acessar ela. Olhando para trás pude ver vários restos de tocos de madeiras, todos bem usados, cada um ali representando o nível da represa que um dia já esteve mais alto.

Na foto podemos ver alguns animais descansando no vale criado pelo recuo das águas, faziam dias que não chovia então o ar estava asfixiantemente seco, o sol cortava o ar e seus raios deixavam um rastro naquela mistura de ar seco, fumaça de queimadas e toda a poluição que a dias não era lavada pela chuva.

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“Noite trincada” foi feita quase na mesma época de asfixia, estávamos nas montanhas no entorno do Vale do Paraíba, fotografando o nascer da lua sobre o vale, e lá de cima notamos que em vários lugares o chão parecia trincado por estranhas linhas laranjas, observando mais um pouco percebemos que eram centenas de pontos de queimadas que se estendiam por todo o Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e um pedaço da Serra do Mar. Ao descermos das montanhas nos dirigimos até um dos pontos de queimadas, por coincidência era um local que eu tinha visitado em busca de pássaros para fotografar, arrozais onde viviam centenas de pássaros de várias espécies com seus filhotes e agora estava deserta e sem vida, provavelmente os adultos conseguiram fugir do incêndio, mas infelizmente os filhotes não tiveram a mesma oportunidade.

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Para maiores informações sobre o fotoclube:www.cameraeluz.com.br
A exposição é uma realização do foto clube Câmera e Luz e conta com apoio cultural do Center Vale Shopping, Koi Fine Art, FastFrame e Hospital Próvisão.

Local e horário de visitação

Data: 01 a 26 de maio/2015.
Horário: Das 10:00 às 22:00 de segunda a sábado. Nos domingos até as 21:00.
Local: Espaço cultural do Center Vale Shopping – Avenida Deputado Benedito Matarazzo, 9403 – Jardim Oswaldo Cruz, São José dos Campos – SP, 12215-900.

Time Lapse Noite Serena

 

Um passeio diferente pelas cidades de São Bento do Sapucaí, Bananal, Santo Antônio do Pinhal, Paraty e o Vale do Paraíba adormecidas sob as estrelas, no silêncio da noite. Este é parte de um um projeto que ainda estou desenvolvendo, e que até agora contou com a colaboração de vários amigos que me acompanharam nos últimos dois anos nas minhas desventuras aqui pela região do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Serra do Mar.

Curiosidade: Na sequência da praia, dá para se ver de leve na direita a bioluminescência dos plânctons iluminando as ondas quebrando no mar, a luminosidade forte e marcante na esquerda vem de uma lâmpada em um camping na praia, nós fomos atrás desta praia justamente em busca desta bioluminescência, quando cheguei na praia confesso que foi um pouco decepcionante para mim, pois esperava que ela brilhasse forte, e na verdade é uma coisa bem discreta, mas mesmo assim impressiona e a sensação de você andar na areia da praia e ela se iluminar é incrível, sem contar os vagalumes que se aproximam do mar e da areia confundindo os plânctons com outros vagalumes.

A última sequência foi feito na virada do ano, a vista do Vale do Paraíba em festa, lá de cima das montanhas é incrível também, no vídeo podemos ver as cidades de Taubaté, Tremembé, Caçapava, Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá e Lorena em festa, lá de cima as cidades parecem dormir tranquilas, a única agitação que podemos ver são os carros andando pelas estradas escuras em volta das cidades, e na virada do ano os fogos estourando lá embaixo nas cidades, em silêncio é bonito demais, infelizmente os fogos não apareceram com tanta definição mas prestando um pouco de atenção dá para se ter uma pequena idéia de como foi a minha virada de ano lá em cima.

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