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Ricardo Takamura

Fotografia Noturna – Como fotografar as estrelas e a Via Láctea

A idéia de fazer este tutorial para ensinar vocês a fotografar as estrelas tem me perseguido a um bom tempo, as pessoas sempre me perguntam quais configurações que eu usei em minhas fotografias.

Eu sempre respondo com um pouco de receio porque as configurações vão sempre variar de acordo com a câmera que você está usando, o local que você está fotografando e diversos outros fatores.

Encontrar as configurações ideais para a sua câmera é um desafio e estas configurações vão mudar o tempo todo de acordo com cada situação que você encontrar.

 

ISO 5000 17mm f/2,8 15 segundos

 

Por onde começar?

 

 

1 – Tripé

 

Para começar, para fotografar as estrelas, você vai precisar de um tripé bem firme e estável, eu estou prometendo uma nova postagem aqui no blog falando sobre tripés a um bom tempo, e prometo que vou fazer em breve.

Caso você esteja sempre viajando e fazendo longas caminhadas em busca de um local perfeito para fotografar o céu estrelado, você pode optar por um tripé de viagem mais leve, ele não vai ser tão estável quanto um tripé maior, mas você vai ganhar na portabilidade.

Alguns tripés permitem que você abra os pés até o ângulo de 90 graus, isto vai ajudar muito na hora em que você precisar firmar o tripé em um local com piso acidentado ou em noites om ventos muito fortes.

Eu tenho alguns tripés da linha Benro em minha loja online, são tripés super confiáveis e com um ótimo custo benefício, se você quiser dar uma conferida é só clicar no link abaixo:

Loja: Tripés Benro

 

2 – Fuja da poluição luminosa

 

Já com os tripés em mãos, ou melhor nas costas, você vai precisar se afastar o máximo possível das grandes cidades e se possível até mesmo das pequenas cidades e de qualquer outra fonte de luz.

Aqui vamos começar a falar um pouco sobre a poluição luminosa, que é um tipo de poluição que não é tão novo assim, mas a maioria das pessoas nem sequer sabem que existe, e não só afeta a visibilidade das estrelas, como afeta os ciclos naturais dos animais e das plantas.

 

 

Se você quiser saber um pouco mais sobre isto, aqui neste link você pode conferir uma matéria que eu fiz falando um pouco sobre a poluição luminosa.

As grandes cidades costumam formar uma bolha de poluição luminosa que se extende por até 200 quilômetros de diâmetro, então para ver ou fotografar as estrelas você vai precisa estar a pelo menos 100 quilômetros de uma grande cidade.

Atualmente cerca de um terço da humanidade já não consegue mais ver a Via Láctea no céu e esta situação só ira piorar com o tempo, e a cada ano que se passa, mais e mais pessoas irão nascer, crescer e morrer sem nunca ter visto este rio de estrelas no céu conhecido como Via Láctea.

 

3 – Procure por noites sem Lua

 

Procure sempre fotografar em noites sem luar, a luz da Lua também influencia na hora de fotografar o céu estrelado, bem como a poluição, nuvens e até mesmo a umidade do ar, quanto mais limpo estiver o céu durante o dia, mais estrelas você vai conseguir fotografar.

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4 – Como configurar a sua câmera

 

Em seguida para fotografar as estrelas você precisa deixar a sua lente na maior abertura possível e usar o máximo de ISO que a sua câmera aguentar sem que a foto fique com ruído demais. 

O tempo de exposição vai variar de acordo com o ISO e a abertura que você conseguir, geralmente eu acabo deixando entre 15 a 30 segundos, mas já cheguei a fazer fotos noturnas com 2 segundos a até mais de meia hora (já cheguei a fotografar por 6 horas usando uma técnica um pouco diferente que eu devo abordar mais para a frente).

 

5 – Rastros de estrelas

 

Lembre se de que as estrelas estão girando no céu… opa na verdade nós que estamos girando sentados neste pequeno pedacinho de pedra solto pelo universo chamado Terra e as estrelas estão paradas ali no céu (bom na verdade elas também não estão paradas mas vou deixar isto para uma outra oportunidade para não confundir vocês) e se você deixarem um tempo de exposição muito longo as estrelas vão começar a deixar rastros no céu como na fotografia abaixo:

 

 

Para evitar os rastros de estrelas, você pode usar a regra dos 500, e dividir 500 pela distância focal da sua lente, eu geralmente fotografo com uma 14mm, então se eu dividir 500 por 14, o resultado será 35,71 segundos, este será o máximo de tempo em que eu posso deixar a minha câmera expondo, sem que as estrelas criem um rastro no céu.

 

6 – Lembre se destas regras:

 
  1. Local: o mais longe possível das cidades ou de qualquer fonte de luz
  2. Lua: Nova
  3. ISO: mais alto possível tomando cuidado para que as suas fotos não saíam com ruído demais
  4. Abertura: mais aberta possível
  5. Tempo de exposição: você pode começar com 15 segundos, mas o tempo vai variar de acordo com o ISO e a abertura que você utilizar

ISO 1600 24mm f/2,8 15 segundos

 

8 – O desafio de enquadrar no escuro

 

O enquadramento é um outro desafio da fotografia noturna, e este é um treino de longo prazo, você precisa aprender a observar o céu e a paisagem noturna sem a ajuda de lanternas ou qualquer outra fonte de luz que irá ofuscar o seu olhar.

Antes de começar a fotografar, desligue as lanternas, os seus olhos demoram cerca de 15 minutos para se adaptar a escuridão completa, observe o cenário ao seu redor, pense na composição, enquadre, faça uma fotografia e aprenda a observar a relação da luz captada pela câmera e a luz que você está observando.

 

9 – Use uma lanterna vermelha para fotografar a noite, a luz vermelha não ofusca o seu olho.

 

Aqui neste link você pode dar uma conferida na minha loja online, eu tenho algumas opções de lanternas de cabeça com luz vermelha da marca Petzl e uma lanterna vermelha de baixo custo que eu gosto muito de usar para fotografar as estrelas.

Se você quiser aprender um pouco mais sobre fotografia noturna, e receber informações sobre o meu Workshop de Fotografia Noturna é só preencher o cadastro abaixo:

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    Premiação Cultural do IEV 2016

    Tive a honra de ser selecionado pelo Instituto de Estudos Valeparaibanos na Premiação Cultural do IEV 2016 na categoria Fotografia e Memória (Paisagem). No total serão premiados 16 cidadãos e organizações reconhecidos pelo trabalho e mudanças positivas que tem provocado com a intenção de proteger a Memória, Patrimônio Ambiental, Cultural e Histórico do Vale do Paraíba, e receberão troféus e medalhas que levam os nomes de personagens fundamentais na história de nossa Região, além de permanecerem na memória e trajetória do IEV.

    As Premiações Culturais do IEV 2016 ocorrerão em um evento realizado no dia 3 de dezembro de 2016, às 16h, no Salão do Júri do UNISAL Lorena (Rua Dom Bosco, 284, Centro/Lorena) e será aberta ao público, apareçam por lá!

    SOBRE O IEV

    O IEV é uma instituição sem fins lucrativos, que tem como intuito propagar e manter viva a nossa história. Temos como membros cidadãos da sociedade civil em todas as cidades da Região Metropolitana do Vale e Litoral Norte.  Trata-se de uma organização reconhecida como entidade de Utilidade Pública Estadual pela lei n. 1599, de 10 de setembro de 1981. O IEV foi fundado em 1973, e nesses 43 anos de existência realiza estudos, atividades culturais, históricas e ambientais na Região.

    Deixo aqui meus agradecimentos ao IEV e a todos que trabalham na instituição, e a Andréia Marcondes que me indicou o edital!

     

     

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    Vamos falar sobre a “super Lua”?

     

    Bom antes que todos vocês saiam correndo de casa para ver aquela Lua imensa no céu digna de cenas de novela, vamos falar um pouco sobre a “super Lua”.

    O termo “super-Lua” foi introduzido pelo astrólogo, isto mesmo astrólogo e não astrônomo, Richard Nolle em 1979, que em sua definição, incluiu tanto a Lua na fase cheia, quanto na fase nova, mas somente a “super Lua” na fase cheia se tornou popular.

    Vocês já devem ter notado que a alguns anos atrás tomamos conhecimento da “super Lua” pelas redes sociais, e todos os anos algumas páginas, sites e até mesmo algumas agências de notícias com um cunho um pouco mais sensacionalista anunciam ela de uma forma incrível, quase sempre como a maior “super Lua” do século, e de repente no mês seguinte temos outra “super Lua”, e isto vem se repetindo ano a ano, neste ano mesmo se vocês prestarem atenção já estamos no terceiro mês de “super Lua”, por isto eu achei bacana entendermos o que é a “super Lua”, antes de nos decepcionarmos.

    O conceito é bem simples, como a órbita da Lua é elíptica, então ela tem um ponto de maior e de menor aproximação com a Terra, o ponto de menor distância é chamado de Perigeu e o ponto de maior distância de Apogeu, e nos dias de “super Lua” o ponto de maior aproximação que chamamos de Perigeu coincide com a Lua Cheia, e foi daí que nasceu o termo “super Lua”.



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    Mas a Lua vai aparecer enorme no céu?

    A Lua vai aparecer maior que o normal, não aquela Lua enorme que vemos em cenas de novelas, e nem os 15% que estão anunciando por aí, ela vai aparecer 7,2% maior do que o normal!! O que geralmente acontece é que eles não comparam a “super Lua” com a Lua normal, e sim com o Apogeu que é o seu ponto de maior distanciamento com a Terra, então chegando neste número mágico de 14,2%! Abaixo podemos ver um exemplo:

     

    superlua

     

    Então vamos desistir de ver ou fotografar a “super Lua”?

    Não, mas é muito mais interessante já sairmos cientes do que vamos encontrar, e assim aproveitarmos o que realmente é bonito em noites que o Perigeu Lunar coincidem com a Lua cheia, e para quem fotografa, nos prepararmos melhor para fotografar ela. Eu sempre defendo uma fotografia mais pensada e planejada nos meus Workshops, e aí é que está a mágica da “super Lua”, o brilho da Lua em seu Perigeu fica 15% mais forte, ou 30% mais forte se comparado com o Apogeu, então você provavelmente não verá uma Lua enorme no céu mas você vai encontrar uma Lua iluminando muito mais os ambientes. Para quem quiser dar uma volta por aí e aproveitar a Lua cheia a noite vai estar muito mais clara do que nos outros dias de Lua cheia! E para os fotógrafos, que tal pensar em ir para um local bacana e fotografar em longa exposição utilizando toda essa luminosidade extra da Lua?

    Eu particularmente gosto do nascer da Lua nestas noites de “super Lua”, sabe aquela hora mágica do Sol quando ele nasce ou se põe em que tudo fica dourado? Nós temos esta hora mágica da Lua também quando ela nasce ou se põe, então preparem os seus tripés e abusem do ISO da sua câmera, procurem deixar as tuas lentes o mais abertas possíveis, e utilizar um tempo de exposição longo, 15… 30 segundos, não vou passar uma receita aqui porque esta configuração vai mudar em cada câmera e vai depender muito da experimentação de vocês, e assim você pode conseguir fotos como estas.

     

     

    Bom e se eu quiser fotografar só a Lua? Prepare a sua tele, uma 200mm para cima seria o ideal, a Lua ao contrário do que muitos pensam, não é um objeto noturno, ela é um objeto iluminado pela luz do Sol, então você precisa configurar a sua câmera como se estivesse fotografando um objeto como um prédio cinza durante o dia e se você tiver a mão bem firme, não vai precisar nem de um tripé! E outra dica, para quem não tem câmeras profissionais, mas tem aquelas câmeras super-zoom, elas são ótimas para fotografar a Lua, você não vai ter uma qualidade óptica incrível se comparado com as câmeras profissionais mas o zoom delas são incríveis e você poderá pegar muitos mais detalhes da Lua.

     

    Caso você queira saber um pouco mais sobre os meus workshops de Fotografia Noturna é só me enviar um e-mail para contato@ricardotakamura.com

     

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    Chuva de Meteoros Perseidas 2016 – Está sendo considerada a chuva mais bonita da década.

    perseiades2A Perseidas é considerada uma das chuvas de meteoros mais bonitas do ano com 80 a 100 meteoros por hora, e este ano a Terra está atravessando uma região com uma quantidade maior de detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle que originou esta chuva, e ela vai ser excepcional com uma taxa de 150 a 200 meteoros por hora.

    Além disso a Perseidas é famosa por produzir os EarthGrazers, meteoros que sobem partindo do horizonte em direção ao ponto mais alto do céu de forma mais lenta e bonita.

    Mas infelizmente o melhor lugar para se ver ela é no hemisfério Norte ou próximo a linha do Equador, mas mesmo assim podemos acompanhar ela aqui no Brasil, para aqueles que moram no Norte a chuva estará bem visível e para quem mora nas outras regiões basta ir em um local bem afastado dos grandes centros urbanos e escuro, com visibilidade boa para a linha do horizonte sentido Norte/Nordeste.

    O melhor horário para se ver a chuva é entre as 3 da manhã e o amanhecer, a lua está quase cheia, mas ela se põe por volta das 3 da manhã também, então ela não vai atrapalhar a visibilidade da chuva de meteoros.

    Perseidas

    Ativo do dia 13 de Julho até o dia 26 de Agosto

    Pico: 12 e 13 de Agosto

    Melhor horário: 03:12

    Localização: Radiante na constelação de Perseus

    Meteoros por hora: 100

    Lua: Crescente 80% iluminada

    Nascer da Lua: 13:35

    Pôr da Lua: 03:07

     

     Além desta chuva temos mais algumas chuvas menores

    Eta Eridanideas 31 de Julho até 17 de Agosto –  02:53

    Beta Perseideas 24 de Julho até 20 de Agosto – 02:57

    Delta Aquarideas 21 de Julho até o dia 23 de Agosto – 22:36

    Fonte: American Meteor Society

    Fonte: IFLS

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    Julho e seus Meteoros

    Julho é um dos melhores meses do ano para se observar o céu, geralmente ele está bem limpo e com pouca umidade. Mas não é só isto, se você estiver disposto a enfrentar o frio, nós temos 3 chuvas de meteoros neste mês:

    A Delta Aquarídeas e a Alfa Capricornídeos, que não são chuvas significativas (16 e 5 meteoros por hora) mas as radiantes delas estão ali quase juntas no céu, a constelação de Aquários e a constelação de Capricórnio, e os seus dias de maior atividade também estão bem próximos.

    E temos as Perseidas, que apesar do seu período de maior atividade ser em Agosto, ela já está ativa desde o dia 13 de Julho e mesmo ela estando localizada bem baixa no horizonte (aqui no Brasil o melhor lugar para observar ela é no norte e nordeste) ela é uma das chuvas mais intensas do ano, com uma média de 100 meteoros por hora.

    A Perseidas é famosa por produzir os EarthGrazers, meteoros que sobem partindo do horizonte em direção ao ponto mais alto do céu de forma mais lenta e bonita. Opa  e mais um detalhe, se você olhar na tabela abaixo com os melhores horários para acompanhar a chuva de meteoro nos dias de maior atividade, apesar de não ser lua nova, a lua ou não vai ter nascido ainda, ou vai estar se pondo como no caso da Perseidas, então abasteçam o seu armário com agasalhos e se preparem para passar frio neste mês e no próximo!

    Delta Aquarídeas

    Ativo do dia 21 de Julho até o dia 23 de Agosto

    Pico: 28 e 29 de Julho

    Melhor horário: 22:36

    Localização: Radiante na constelação de Aquários

    Meteoros por hora: 16

    Lua: Minguante 26% iluminada

    Nascer da Lua: 01:24

    Pôr da Lua: 12:59

     

    Alfa Capricornídeos

    Ativo do dia 11 de Julho até o dia 10 de Agosto

    Pico: 29 e 30 de Julho

    Melhor horário: 22:42

    Localização: Radiante na constelação de Capricórnio

    Meteoros por hora: 5

    Lua: Minguante 17% iluminada

    Nascer da Lua: 02:26

    Pôr da Lua: 13:51

     

    Perseidas

    Ativo do dia 13 de Julho até o dia 26 de Agosto

    Pico: 13 e 14 de Agosto

    Melhor horário: 03:12

    Localização: Radiante na constelação de Perseus

    Meteoros por hora: 100

    Lua: Crescente 80% iluminada

    Nascer da Lua: 13:35

    Pôr da Lua: 03:07

     

     Além destas 3 chuvas temos mais algumas chuvas menores em Julho

    Pi Piscideas  11 de Junho até 25 de Julho – 01:00
    Julho Pegasideas 30 de Junho até 30 de Agosto – 23:12
    c-Andromedideas 26 de Junho até 26 de Julho – 02:10
    Psi Cassiopeideas 12 de Julho até 18 de Julho – 02:52
    Tau Cetideas 20 de Julho até 23 de Julho – 01:52
    Julho Gamma Draconideas 25 de Julho até 29 de Julho -18:42
    Eta Eridanideas 31 de Julho até 17 de Agosto –  02:53
    Beta Perseideas 24 de Julho até 20 de Agosto – 02:57

    Fonte: American Meteor Society

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    Chuva de Meteoros Eta Aquáridas – Maio de 2016

    Quando ocorre: 24 de abril a 19 de maio de 2016

    Pico: 6 e 7 de maio

    Quantidade estimada de meteoros por hora: 55

    Velocidade estimada: 66,5 km/seg

    Fenômeno associado aos “restos” da cauda do cometa 1P/Halley, a Eta Aquáridas é uma das chuvas mais bonitas do ano para quem puder acompanhar ela a partir do hemisfério Sul, produzindo meteoros rápidos com rastros persistentes e poucas bolas de fogo. Nos últimos dois anos pude acompanhar esta chuva de lugares incríveis e tive muita sorte com o tempo que estava bem limpo, em 2014 acompanhei a chuva lá de Trindade – RJ em um local com pouquíssima poluição luminosa, e no ano passado em São Bento do Sapucaí – SP onde fiz a foto que ilustra esta postagem.

    Neste ano o pico da chuva está associada a lua nova, o que facilitará a visibilidade da chuva, mas como sempre a poluição luminosa nos grandes centros urbanos deve atrapalhar e muito, portanto se você pretende assistir a chuva se afaste o máximo possível das cidades e de qualquer fonte de luz, e não se esqueça, na hora de ir embora leve o seu lixo embora e não acenda fogueiras.

    Durante a última chuva eu vi uma aglomeração incrível de pessoas, e é muito bom saber que tem tanta gente se interessando por astronomia, mas também é muito triste ver o resultado de tantas pessoas concentradas em um único lugar depois que elas vão embora, quando fui embora eu vi muitas garrafas e restos de lixo deixados para trás.

    etaaquarideas

    Para quem vai fotografar, a dica é apontar a câmera para o céu em direção a leste e deixar ela trabalhar e aproveitar a vista, eu geralmente deixo no máximo de tempo que a minha câmera consegue sem um controle externo que é 30 segundos no modo sequencial e deixo ela fotografando sozinha, algumas câmeras não tem este modo então é necessário um intervalômetro, ou ir clicando manualmente ela de 30 em 30 segundos. Configure o ISO e a abertura para não estourar na composição caso tenha uma luz nela (cidades, casas, postes por exemplo), em noites de lua nova você pode abusar bastante do ISO da tua câmera e usar a maior abertura possível, mas dependendo do brilho do meteoro o brilho dele pode estourar um pouco a tua foto, e por esta razão é importante você conhecer um pouco do que está fotografando, como estes meteoros são rápidos eles vão deixar traços longos e a luminosidade deles, principalmente por não formarem tantas bolas de fogo não devem ser suficientes para estourar a tua foto.

    A chuva ocorrerá ao leste próximo a constelação de Aquárius, que começa a surgir no céu a partir das 2 da manhã, mas o melhor horário para você acompanhar a chuva será um pouco antes do amanhecer.

    Eta Aquarids meteor shower for São Paulo
    Time Azimuth/Direction Altitude
    Ter 02:00 89°East 5,7°
    Ter 03:00 83°East 19,4°
    Ter 04:00 75°East-northeast 32,9°
    Ter 05:00 65°East-northeast 45,9°
    Ter 06:00 50°Northeast 57,7°

    fonte: http://www.timeanddate.com/astronomy/meteor-shower/eta-aquarids.html

    fonte: http://www.amsmeteors.org/

     

     

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    Cachoeira e poço da Pedreira em Lavrinhas

    Cachoeira e poço da Pedreira em Lavrinhas – SP

    Para aqueles que não me conhecem, eu nasci e cresci na cidade de São José dos Campos – SP e desde sempre gostei muito do Vale do Paraíba, mas foi quando comecei a fotografar que comecei a descobrir aos poucos o verdadeiro Vale do Paraíba que poucas pessoas conhecem, e me apaixonei ainda mais pela região que eu moro, infelizmente poucas pessoas que moram por aqui conhecem e dão o devido valor ao Vale do Paraíba.

    Se vocês quiserem conhecer um pouco mais do meu trabalho, é só dar uma olhadinha no meu site:

    www.ricardotakamura.com

    Você também pode me seguir no Instagram

    Como muitas pessoas me perguntam sobre os lugares que eu fotografo, eu vou tentar ir postando aos poucos aqui no blog algumas dicas sobre estes lugares, prometo que nas próximas vezes que for visitando os novos lugares para fotografar vou tentar registrar um pouco do caminho para chegar até o local.

    Vou começar com uma das mais pedidas que é a cachoeira e poço da Pedreira, que fica no bairro Capela do Jacú em Lavrinhas, no Vale do Paraíba.

    Lavrinhas

    A cidade Lavrinhas, nasceu a partir do garimpo de Ouro, e daí surgiu o seu nome, boa parte da cidade é cortada pelo Rio do Braço, que desce da Mantiqueira com as suas águas cristalinas e de coloração azulada. O rio é repleto de poções e pequenas cachoeiras ao longo do seu curso, e uma delas é a Cachoeira de Pedrinhas, saiba como chegar por lá!

    Como chegar?

    O acesso a cachoeira se dá pela rodovia SP 58 até o bairro dos Pinheiros, chegando no bairro você segue pela estrada municipal Fiori Bondi, a trilha começa um pouco antes de você chegar no bairro Capela do Jacú, em uma pequena porteira a direita da estrada.

    Rio

    Um jeito fácil de identificar o começo da trilha, é olhar o chão do acostamento que está com a terra bem batida devido a quantidade de pessoas que param o carro por lá, dependendo do horário que você chega é só procurar pelos carros estacionados.

    Quando fui o acostamento estava vazio ainda porque cheguei quase junto com o sol que estava nascendo. Outra coisa, logo na porteira você vai encontrar uma placa escrito proibido a entrada, segundo informações dos moradores ali da região o acesso esteve proibido por um tempo e depois foi liberado novamente pelo proprietário da fazenda, infelizmente não tenho uma informação oficial do proprietário do local.

    Apartamento na Martim de Sá

    A trilha para a cachoeira e poço da Pedreira é bem curta, são cerca de 10 a 15 minutos de caminhadas por um campo aberto, e no meio da trilha você já avista o rio e o poço das Pedreiras lá embaixo, com as suas águas cristalinas e de tom azulado. Você pode parar por ali mesmo, descendo uma pequena trilha que leva ao poço, ou seguir em frente até finalmente chegar a cachoeira!

    O que mais?

    Vale a pena passear um pouco ali pelas trilhas em volta, em alguns pontos do rio a conversa entre a água e as pedras do rio transformam a água em um espumante.

    DSC_0643 DSC_0617

    Cuidados

    ATENÇÃO: Sobre os cuidados: A correnteza na cachoeira e poço da Pedreira é bem forte em alguns trechos, tivemos relatos de diversos acidentes envolvendo pessoas afogadas, próximo a cachoeira a água puxa na direção inversa e muitas pessoas ficam presas por lá, então é bom tomar muito cuidado para não nadar nos locais próximos as quedas d´água.

    Não se assuste se você avistar algumas aranhas pelas pedras, já ouvi relatos de pessoas que encontraram cobras por lá,  mas nada para se alarmar, as aranhas de cachoeiras geralmente costumam ser inofensivas, e as cobras fogem ao ver as pessoas, mas é bom tomar muito cuidado com as crianças, inclusive porque as pedras são bem escorregadias.

    Antes de chegar a cachoeira, da trilha você observa alguns pontos em que a água formam lagoas mais calmas, em locais com menor risco de afogamento, eu recomendo nadar nestes locais.

    Muito cuidado também com as chuvas, se você notar que o volume de água subiu ou que a água ficou turva, saia imediatamente da água, o nível da água pode subir rapidamente. Uma dica muito importante é ficar de olho nas montanhas, se você notar uma tempestade no topo das montanhas, pode ter certeza que a água vai descer pelo rio e chegar rapidamente a você, então se estiver chovendo nas montanhas, saia da  água imediatamente.

    Vai viajar?

    Se você ainda não conhece o airbnb, vou deixar um link aqui embaixo onde você ganhar R$ 200,00 em créditos na sua primeira viagem por lá, o airbnb é um site especializado em aluguéis online, onde você pode viajar e se hospedar em casas e apartamentos com muita segurança, tanto buscando economia quanto experiências incríveis em lugares sensacionais. Nos últimos anos eu tenho viajado quase que exclusivamente através deles, e tenho encontrado lugares sensacionais para ficar a um preço muito interessante, é só clicar no logo deles que você já tem acesso ao desconto, além de ganhar os R$ 200,00 você também me ajuda com R$ 30,00 em créditos viagem.

    O que mais você precisa saber?

    Ali da cachoeira e Poço da Pedrinha, você tem uma visão privilegiada da Serra Fina, uma cadeira de montanhas que faz parte da Serra da Mantiqueira, para mim este é um dos trechos mais bonitos da Mantiqueira e ali fica a quarta montanha mais alta do Brasil, a Pedra da Mina.

    Noturna da Serra Fina

    Quer aprender a fazer uma foto como esta? Aqui neste link eu falo um pouco sobre como fotografar as estrelas!

    Muito importante: Esta não é a cachoeira Poço Azul de Lavrinhas, que fica localizado na mesma região, inclusive faz parte do mesmo rio, porém está em uma área com acesso proibido.

    www.ricardotakamura.com

    Me siga no Instagram

    *Agradecimentos a minha amiga Andréia Marcondes que me apresentou a este lugar.

    Exposição fotográfica “Volume Morto” no Center Vale Shopping

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    São José dos Campos (SP) – O foto clube Câmera e Luz, um grupo de fotógrafos de São José dos Campos e região, apresenta a exposição “Volume Morto” de 01 a 26 de maio no espaço cultural do Center Vale Shopping.

    São 12 obras de 10 fotógrafos que revelam e nos fazem pensar sobre um novo aspecto da atual crise hídrica no Estado de São Paulo: a situação crítica de nossas represas que abastecem mais de 10 milhões de pessoas direta e indiretamente.

    A exposição também está adaptada para deficientes visuais com textos transcritos em braille e em fonte ampliada para as pessoas com baixa visão. Esta é uma atenção especial do foto clube Câmera & Luz em promover a acessibilidade de todos ao conhecimento através do acesso igualitário na sociedade à cultura.

    O foto clube Câmera e Luz é uma entidade sem fins lucrativos formado por um grupo de amantes da fotografia fundada em junho de 2005 que reúne fotógrafos amadores e profissionais da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Desenvolve a fotografia como arte e proporciona ambientes para estudos, visibilidade, divulgação e suporte legal aos artistas.


    Duas de minhas minhas obras, “Asfixia” e “Noite trincada”, estão compondo parte desta exposição.


    “Asfixia” foi feita no auge da seca de 2014, no caminho que sai da cidade de Paraibuna para Natividade da Serra atravessando as represa via balsa, já chegando na rampa de acesso a balsa dava para se ter uma noção maior da seca que atinge todo o estado de São Paulo, ela estava ali isolada em um mar de terra seca, semi destruída pela erosão da terra, acessamos uma pequena e rústica estrada de terra que dava a volta pela rampa e continuamos por cerca de 500 metros até encontrarmos uma pequena fila de carros a beira da represa, ao lado deles um toco de madeira onde os funcionários da CESP amarram a balsa para que os carros pudessem acessar ela. Olhando para trás pude ver vários restos de tocos de madeiras, todos bem usados, cada um ali representando o nível da represa que um dia já esteve mais alto.

    Na foto podemos ver alguns animais descansando no vale criado pelo recuo das águas, faziam dias que não chovia então o ar estava asfixiantemente seco, o sol cortava o ar e seus raios deixavam um rastro naquela mistura de ar seco, fumaça de queimadas e toda a poluição que a dias não era lavada pela chuva.

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    “Noite trincada” foi feita quase na mesma época de asfixia, estávamos nas montanhas no entorno do Vale do Paraíba, fotografando o nascer da lua sobre o vale, e lá de cima notamos que em vários lugares o chão parecia trincado por estranhas linhas laranjas, observando mais um pouco percebemos que eram centenas de pontos de queimadas que se estendiam por todo o Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e um pedaço da Serra do Mar. Ao descermos das montanhas nos dirigimos até um dos pontos de queimadas, por coincidência era um local que eu tinha visitado em busca de pássaros para fotografar, arrozais onde viviam centenas de pássaros de várias espécies com seus filhotes e agora estava deserta e sem vida, provavelmente os adultos conseguiram fugir do incêndio, mas infelizmente os filhotes não tiveram a mesma oportunidade.

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    Para maiores informações sobre o fotoclube:www.cameraeluz.com.br
    A exposição é uma realização do foto clube Câmera e Luz e conta com apoio cultural do Center Vale Shopping, Koi Fine Art, FastFrame e Hospital Próvisão.

    Local e horário de visitação

    Data: 01 a 26 de maio/2015.
    Horário: Das 10:00 às 22:00 de segunda a sábado. Nos domingos até as 21:00.
    Local: Espaço cultural do Center Vale Shopping – Avenida Deputado Benedito Matarazzo, 9403 – Jardim Oswaldo Cruz, São José dos Campos – SP, 12215-900.

    Time Lapse Noite Serena

     

    Um passeio diferente pelas cidades de São Bento do Sapucaí, Bananal, Santo Antônio do Pinhal, Paraty e o Vale do Paraíba adormecidas sob as estrelas, no silêncio da noite. Este é parte de um um projeto que ainda estou desenvolvendo, e que até agora contou com a colaboração de vários amigos que me acompanharam nos últimos dois anos nas minhas desventuras aqui pela região do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Serra do Mar.

    Curiosidade: Na sequência da praia, dá para se ver de leve na direita a bioluminescência dos plânctons iluminando as ondas quebrando no mar, a luminosidade forte e marcante na esquerda vem de uma lâmpada em um camping na praia, nós fomos atrás desta praia justamente em busca desta bioluminescência, quando cheguei na praia confesso que foi um pouco decepcionante para mim, pois esperava que ela brilhasse forte, e na verdade é uma coisa bem discreta, mas mesmo assim impressiona e a sensação de você andar na areia da praia e ela se iluminar é incrível, sem contar os vagalumes que se aproximam do mar e da areia confundindo os plânctons com outros vagalumes.

    A última sequência foi feito na virada do ano, a vista do Vale do Paraíba em festa, lá de cima das montanhas é incrível também, no vídeo podemos ver as cidades de Taubaté, Tremembé, Caçapava, Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá e Lorena em festa, lá de cima as cidades parecem dormir tranquilas, a única agitação que podemos ver são os carros andando pelas estradas escuras em volta das cidades, e na virada do ano os fogos estourando lá embaixo nas cidades, em silêncio é bonito demais, infelizmente os fogos não apareceram com tanta definição mas prestando um pouco de atenção dá para se ter uma pequena idéia de como foi a minha virada de ano lá em cima.

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    Alma, emoção, sonhos, e devaneio. O mundo esculpido em luz através dos meus olhos.

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    Bom este é o primeiro post do meu blog, como nem todas as pessoas tem Facebook, Instagram ou acesso a outras redes sociais de fotografia como flickr e 500px, vou compartilhar um pouco de meu trabalho com vocês por aqui!

    Vou tentar fazer alguma coisa diferente do que eu faço nas outras redes sociais, contando de vez em quando um pouco da história do desenvolvimento de cada foto, e tentar mesclar de vez em quando com algumas dicas de fotografia. Para quem ainda não me conhece, eu sou o louco da foto aqui em cima! Desde cedo fui muito ligado a pintura e escultura, hoje ainda faço alguns trabalhos com tinta acrílica e esculturas em madeira como esta da foto, mas atualmente eu tenho dedicado a fotografia para decoração de ambientes, que vendo em galerias de arte e decoração, e através da minha loja online, impressas em Fine Art ou Metacrilato. Eu tenho direcionado o meu trabalho para a fotografia com lentes grande angulares, e com enfase na fotografia noturna, tentando mesclar um pouco de arte em fotografias grandes e cheias de detalhes quase invisíveis, e dando um ar quase surrealista as minhas fotos.

    Desenvolvo também em paralelo o meu trabalho no estúdio com fotografia de casamentos, ensaios e editoriais de moda, com um toque um pouco mais artístico do que costumamos ver por aí.

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    Espero vocês por lá, e por aqui sempre!